Ex-vereador de Barra da Estiva é condenado a 34 anos de prisão pela morte de Beatriz; na época a jovem estava grávida
O ex-vereador de Barra da Estiva, Valdinei da Silva Caíres, conhecido como Bô, foi condenado a 34 anos de prisão pelo feminicídio e pelo desaparecimen...
O ex-vereador de Barra da Estiva, Valdinei da Silva Caíres, conhecido como Bô, foi condenado a 34 anos de prisão pelo feminicídio e pelo desaparecimento do corpo de Beatriz Pires da Silva, de 25 anos. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (16), no Fórum de Brumado, e foi acompanhado por familiares da vítima e representantes de movimentos sociais. Beatriz, que era mãe de uma criança de dois anos e estava grávida de seis meses, foi vista pela última vez em 11 de janeiro de 2023, ao entrar em um carro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra da Estiva — veículo que, segundo as investigações, era utilizado por Valdinei. Antes do desaparecimento, Beatriz contou à mãe, Célia Pires, que faria uma viagem com o pai da criança, sem revelar sua identidade. De acordo com o inquérito, a jovem também havia relatado que o homem insistia para que ela interrompesse a gestação. A Polícia Civil concluiu que o ex-vereador seria o pai do bebê. Valdinei, de 56 anos, exerceu três mandatos como vereador — em 2008, 2012 e 2016 — e, em 2023, havia sido eleito presidente da Câmara Municipal. O crime causou comoção em toda a região da Chapada Diamantina, mobilizando entidades de defesa dos direitos das mulheres e reacendendo o debate sobre a violência de gênero e a proteção de gestantes. O réu está preso no Conjunto Penal de Brumado a mais de dois anos.