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29 de outubro de 2025 4 min de leitura

SJDH anuncia investimento de R$ 200 mil em “projeto-piloto” para análise de homicídios em Camaçari

O governo da Bahia vai iniciar um projeto de pesquisa voltado para a análise de casos de homicídio na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Intitula...

Por Roberto
Publicado em 29 de outubro de 2025 Atualizado em 29 de outubro de 2025
SJDH anuncia investimento de R$ 200 mil em “projeto-piloto” para análise de homicídios em Camaçari

O governo da Bahia vai iniciar um projeto de pesquisa voltado para a análise de casos de homicídio na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Intitulado “Redes criminais e homicídios em Camaçari: Mapeamento e análise à repressão qualificada”, o projeto é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e a organização da sociedade civil (OCS) Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, que atua em prol da justiça social e reforma da política de combate às drogas no estado. 

 Tendo a cidade de Camaçari como palco do estudo, o objetivo da “iniciativa-piloto” é “compreender a dinâmica dos homicídios no Município, cartografar as redes sociais dos grupos criminais armados atuantes, analisar a efetividade das práticas repressivas adotadas e desenvolver metodologias qualificadas para o esclarecimento de homicídios e o desmantelamento das organizações criminosas”, diz o termo de fomento, firmado entre as partes na última sexta-feira (24), conforme o Diário Oficial do Estado. 

Para o projeto serão investidos R$ 200 mil, provenientes de recursos de emenda parlamentar. Ao Bahia Notícias, o secretário estadual Felipe Freitas, titular da SJDH destacou que “a ideia é colaborarmos com a análise sobre a situação dos homicídios”.

 

“A gente quer entender como é que têm acontecido os casos de violência no município com dois objetivos: por um lado, a gente quer colaborar com a maior elucidação dos homicídios, dos fatos criminais acontecidos no município; e, por outro, a gente quer também colaborar com as polícias, com as forças de segurança, com o sistema de Justiça, para medidas de enfrentamento a esse problema, planejando melhor o policiamento, distribuindo melhor os efetivos em função das ocorrências criminais. É um investimento na inteligência”, detalha o gestor. 

A escolha do município para o projeto-piloto é reforçada pelos números. “E está sendo realizado em Camaçari por conta da implementação do [Programa] Bahia pela Paz (BPP), que é o nosso projeto de prevenção a violência que está sendo implantado no município, que terá lá a implantação de dois coletivos que vão funcionar na cidade e que vão, assim, contribuir com a prevenção à violência, fazendo busca ativa de jovens e atuando no apoio às estruturas de segurança pública para promover a prevenção [a crimes violentos]”, explica Freitas.

 Conforme o levantamento do Anuário de Segurança Pública de 2025, Camaçari é a 4ª cidade mais violenta do país, com 239 mortes habitantes violentas intencionais (MVI) em 2024. O município da RMS também é o quarto mais populoso do estado, com população estimada em 334.195 habitantes, conforme o Censo de 2023. Quando comparados com o número de habitantes, os homicídios registrados provocam uma a taxa de 74,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes na “Cidade Industrial” da Bahia.

 O projeto conta ainda com a parceria do Ministério Público estadual (MP-BA), do Instituto Fogo Cruzado e da Universidade Federal Fluminense (UFF), através do Grupo de Estudo dos Novos Ilegalismos (GENI-UFF), para a produção de resultados e diagnósticos com base nos dados da pesquisa. Com o firmamento da parceria, o secretário de Justiça da Bahia, afirma ainda que a previsão é de início imediato dos trabalhos. 

 

“A previsão é de início imediato dos trabalhos para a gente, já no período de seis meses, ter os resultados preliminares da atuação desse projeto e poder apresentar à sociedade o que a gente conseguiu analisar da realidade e também quais são as sugestões e recomendações para os órgãos do sistema de justiça, para a segurança pública, no campo do enfrentamento aos homicídios, que é um problema de todo o Brasil, que também nos aflige a todos aqui na Bahia”, destaca o jurista.

 

Para Felipe Freitas, o mapeamento “é parte de um esforço do governo de investimento em modernização e segurança pública, tanto na área de inteligência quanto na área de investigação, e dessa vez contando com essa importante parceria de organizações da sociedade civil que não só têm denunciado os problemas, mas também têm colaborado para encontrar soluções e achar caminhos para que a gente enfrente os problemas”.

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